Empresas pretendem manter home office após crise

30/04/2020

Estudo aponta que mais de 70% dos empreendimentos irão manter o estilo de trabalho parcial ou integral

Muitas mudanças estão ocorrendo nas formas de trabalho, e uma das mais significativas no Brasil foi a migração em massa de vários setores para o home office, como alternativa para não deixarem de exercer as suas funções nas empresas. Apesar de não ser algo novo, culturalmente não era muito presente no dia a dia das empresas brasileiras, que com a quarentena acabaram por descobrir as vantagens e possibilidades deste método de trabalho à distância.

Segundo uma pesquisa realizada pela Talenses Group, especializada no recrutamento de profissionais e em parceria com a Fundação Dom Cabral, divulgada pelo Diário do Comércio, mais de 70% dos empreendimentos esperam a continuação do home office, integral ou parcialmente, após o fim da pandemia. Para a pesquisa, foram ouvidas 375 companhias brasileiras.

De acordo com os relatos dos entrevistados, a maior dificuldade no início da implementação foi a questão cultural. Outro ponto enfrentado, e neste caso mais pelo setor do comércio, é a falta de infraestrutura dos colaboradores, como notebooks e telefonia. Por conta disso, a quantia de pessoas que passaram para o home office neste setor foi menor, indo de 11,7% para 22,9%.

Para os outros segmentos houve uma adesão muito maior de trabalhadores que passaram para o trabalho remoto. Na indústria, de fevereiro para março, funcionários em home office passaram de 15,2% para 51,1% e serviços de 25,6% para 76,3%. Um problema enfrentado pelos prestadores de serviços é o fato de que muitos processos não podem ser realizados remotamente.

Para alguns especialistas, com a autonomia dada ao trabalhador, é possível até mesmo atingir uma melhora no seu rendimento de 15% a 30%, fora outras vantagens ligadas à economia em infraestrutura e segurança. Com a normalização das atividades pós-crise da COVID-19, espera-se que o modelo de trabalho a distância torne-se algo comum dentro das empresas, mantendo apenas o essencial em sua sede.

5 dicas práticas para implementar o home office

  • Ambiente adequado – Dar preferência por um ambiente bem iluminado, silencioso e que não vá sofrer interferências externas, como telefone e campainha. Para quem mora com a família ou divide residência, o melhor é comunicar o período em que estará trabalhando e que não deverá ser incomodado.
  • Conexão com internet – É graças a internet que o home office tornou-se algo mais popular e viável. Portanto ter uma boa conexão para download e upload de arquivos é essencial, além e possibilitar a comunicação com outros membros da equipe e clientes através de redes sociais e plataformas como Skype e Hangouts.
  • Planejamento e rotina – Um dos desafios do trabalho remoto, principalmente para aqueles que estão acostumados aos modos tradicionais e presenciais, é a da autodisciplina. A dica é criar um cronograma, com horários para trabalho e descanso, além de especificar as tarefas que devem ser realizadas neste dia.
  • Cuidados com informações – Mesmo que o trabalho esteja sendo feito no conforto e segurança da própria residência, é preciso ter cuidado com os dados que se está trabalhando, principalmente os sigilosos. Evite manter as informações em equipamentos como computadores e celulares que possam ter acessos de outras pessoas, e se for o caso, invista em um antivírus pago para garantir a segurança.
  • Salas de coworking – Caso não possua um espaço apropriado para desenvolver os trabalhos, existe a opção de se locar uma sala de coworking. Estes espaços contam com toda infraestrutura como mesas individuais, internet, limpeza e manutenção, além da grande maioria disponibilizar também salas de reuniões para aqueles que desejam receber algum cliente ou fornecedor. Apesar de fugir um pouco da ideia do home office, esta pode ser uma boa alternativa para quem está se adaptando ou migrando para este estilo de trabalho.

tags: Homeoffice, Teletrabalho, COVID-19, Coronavirus, Quarentena, Pesquisa

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