Entenda o que é a gripe Influenza A (H1N1)

22/04/2016

Após o surto dos vírus zika, dengue e chikungunya pelo mosquito aedes aegypti, o centro das atenções passou a ser novamente a gripe influenza A (H1N1). Ela já é bem conhecida pelos médicos e pela população mundial, após o surto da doença que ocorreu em 2009 e 2010. Por ser uma mutação da gripe comum, ela possui sintomas parecidos, além da alta taxa de transmissão.

O vírus influenza atinge os mamíferos, e é dividido em três tipos: A, B e C. Nesta classificação, aqueles identificados como tipo C são os que dão origem a doença mais leve. “Os do tipo A e B são os causadores de doenças mais fortes, e o do tipo A também são os responsáveis pelas epidemias. Atualmente as subclasses do vírus A (H1N1) e (H3N2), são os que circulam entre os seres humanos”, explica o médico chefe da Unidade de Terapia Intensiva e do Departamento de Clinica Médica da Santa Casa de Limeira, Claudiney Chelli Lotufo.

A pesar da grande quantia de casos, o vírus já é conhecido pela medicina há muito tempo. Alguns subtipos antes encontrados em outros mamíferos, hoje afetam e são transmitidos entre os homens, por isso o nome popular da doença sempre passa a ser a do mamífero que era acometido inicialmente pelo vírus, como por exemplo o da Gripe Suína.

Prevenção

A influenza A (H1N1) tem sua transmissão feita assim como qualquer outra gripe, e por isso segue as mesmas diretrizes de prevenção, porém deve ter sua atenção redobrada. É preciso lavar sempre as mãos com água e sabão, e evitar o contato com olhos, boca e outras mucosas; não compartilhar itens de uso pessoal como toalhas, copos, talheres e escovas de dentes, e evitar contato próximo com pessoas que estejam doentes.

Recomenda-se também nestes casos o uso do álcool em gel, realizando a esterilização das mãos sempre que fizer contato com objetos ou locais de grande circulação de pessoas (como corrimãos e maçanetas de portas), além de evitar locais fechados e com muitas pessoas. Do mesmo modo, deve-se manter hábitos de alimentação saudáveis, além de praticar exercícios físicos para fortalecimento do organismo.

Tratamento

O tratamento para a gripe (H1N1) é feito através de remédios via oral, que são indicados por um médico e regulamentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para combate específio da doença. Outras medidas como repouso, reposição de líquidos e boa alimentação podem ajudar na recuperação do paciente.

Um dos mitos que gira em torno desta doença, é a do uso da erva-doce no lugar do remédio Tamiflu. O costume popular surgiu pois tanto o remédio, quanto a erva, possuem em sua composição a anis estrelado. Porém, a anis usada nos remédios é retirado de uma planta diferente, originária da China, e isto causa diferenças em seus aspectos de tratamento.  Além disso, o remédio possui outros componentes que auxiliam no combate da doença, mas o chá de erva-doce pode ser tomado por pessoas com qualquer tipo de gripe, pois a bebida possui ação expectorante, tônica e calmante.

Vacina

Este ano muitas cidades resolveram adiantar a vacinação contra a influenza A (H1N1), devido ao quadro de pacientes que foram infectados pela doença, antes da época esperada. Esta vacinação contempla as pessoas que se enquadram no chamado grupo de risco: gestantes, idosos acima de 60 anos, crianças entre seis meses e dois anos, portadores de doenças crônicas, obesos e imunossuprimidos (pessoas que possuem um baixo sistema imunológico).

No caso de pessoas que não se enquadram neste grupo, mas queiram prevenir o contágio da doença através da vacina, é possível adquiri-la em clínicas particulares. Ela também evita que a doença chegue ao seu estágio de maior gravidade, e devido ao vírus ter uma alta taxa de mutação, com o aparecimento de novas cepas, a vacinação contra gripe deve ser renovada todo ano.

Existem alguns mitos em torno da vacina contra a (H1N1). Uma delas é de que a vacina pode causar a morte – o boato surgiu após algumas pessoas verem que a vacina possui em sua composição o mercúrio e o óleo de esqualeno. No entanto, o mercúrio utilizado na vacina é o etilmercúrio, que também é usado como conservante em outras vacinas, como a da difteria e tétano. E o óleo esqualeno já é encontrado no organismo humano naturalmente, e seu uso na vacina tem como finalidade o aumento de sua eficácia.

Outro mito é o de que a vacina causa efeitos colaterais muito fortes. A maior parte das pessoas vacinadas não sentem qualquer sintoma causado por ela, mas quando estes ocorrem costumam durar no máximo dois dias, e o mais comum inclui dor no local da aplicação, febre baixa e um mal estar geral.

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