Governo de São Paulo amplia quarentena no estado até dia 22 de abril

08/04/2020

ACIL é contra a ampliação e defende abertura controlada do comércio e serviços

O governo de São Paulo anunciou a prorrogação da quarentena em todo o estado a partir desta quarta-feira (8) até o dia 22 de abril, sem flexibilizações, para conter o avanço do coronavírus no estado. A determinação será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (7).

O governador João Dória ainda frisou em seu pronunciamento que os prefeitos têm a obrigação de seguir as orientações. “Isso é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida. Ela deve ser seguida por todos os municípios do estado".

O secretário de saúde Henrique German ressaltou que “sem essas medidas que temos tomado, no sentido de fazer um isolamento das pessoas, pelos cálculos, seriam 10 vezes mais casos do que os 4600”.

O decreto determinou o fechamento do comércio e de serviços não essenciais, como restaurantes, lanchonetes, bares e sorveterias, que só podem funcionar com o serviços de delivery e/ou drive thru. Porém, os serviços considerados essenciais, como supermercados, farmácias e postos de combustível podem funcionar normalmente, desde que sigam as orientações de higiene e prevenção impostas pelo Ministério da Saúde.

São considerados serviços essenciais: hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas; transporte público; transportadoras e armazéns; empresas de telemarketing; petshops; deliverys; supermercados, mercados e padarias (sem consumo dentro do estabelecimento); limpeza pública; postos de combustível. Mais recentemente também foram liberados para funcionar as lojas de materiais para construção, tanto de hidráulicos quanto elétricos.

Devem permanecer fechados: bares; restaurantes; cafés; casas noturnas; shopping centers e galerias; academias e centros de ginástica; espaços para festas, casamentos, shows e eventos; escolas públicas ou privadas.

Casos em Limeira

De acordo com o quadro estatístico divulgado pela Prefeitura Municipal nesta segunda-feira (06), em relação ao avanço do coronavírus (Covid-19), Limeira segue com três casos confirmados. No total são 93 notificações, sendo que destas 74 seguem em investigação e aguardam o resultado do exame laboratorial, já os 16 restantes foram descartados.

Dos casos confirmados, dois pacientes continuam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais de Limeira. O terceiro paciente que estava internado no hospital Albert Einstein, recebeu alta médica e está bem.

Além destes, há mais dois pacientes internados em hospitais do município, mas ainda são considerados suspeitos para Covid-19.

A Secretaria de Saúde de Limeira também informou que aguarda o resultado dos exames do Instituto Adolfo Lutz da causa do óbito do bebê de quatro meses, que estava internado na UTI de um hospital da cidade. Ele foi notificado no dia 02 de abril como suspeita de coronavírus por apresentar síndrome respiratória aguda grave, como determina o protocolo de suspeição para o coronavírus. Não há mortes confirmadas no município pelo coronavírus.

A idade das notificações varia de 0 a 80 anos: há 11 notificações na faixa de 0 a 9 anos; 6 notificações na faixa de 10 a 20 anos; 35 notificações na faixa de 21 a 40 anos; 34 notificações na faixa de 41 a 60 anos; e 7 notificações na faixa de 61 a 80 anos. De acordo com a Secretaria de Saúde de Limeira, neste momento, são notificados apenas pacientes internados com insuficiência respiratória ou trabalhadores da área da saúde que apresentam sintomas. Os dados são atualizados em www.limeira.sp.gov.br/coronavirus.

Posicionamento da ACIL

Para o presidente da ACIL, José Mário Bozza Gazzetta, a pandemia do coronavírus no mundo está afetando a todos, principalmente o lado econômico, e é em momentos de crise como este, que a classe empresarial deve presar mais do que nunca pela união de sua categoria. “A ACIL está do lado dos empresários que defende que haja um planejamento para abertura controlada do comércio. Muitos comerciantes não conseguirão enfrentar essa crise, fechando as portas da sua empresa permanentemente por conta do encerramento de seus negócios. Há quem consiga trabalhar com delivery, pelos aplicativos, mas muitos não tem essa alternativa por conta do tipo de produto ou serviço que oferecem”.

Para a ACIL, não é o momento de fazer política, mas sim de enxergar a situação do País e decretar medidas que realmente diminuam o impacto do coronavírus na sociedade e também nas questões econômicas das empresas, que podem fechar suas portas e consequentemente demitir milhares de trabalhadores, que precisam do trabalho para sustentar sua família. “Os impactos negativos se abatem não apenas nas atividades econômicas, mas também sobre a vida dos menos favorecidos. É necessária a atenção do setor público para que prese pela sobrevivência das empresas, especialmente as de pequeno porte, garantindo a preservação dos empregos, além da ajuda para aqueles que trabalham de maneira própria e até mesmo informal”, ressalta Gazzetta.

“Hoje vemos a necessidade da flexibilização da abertura das empresas com retorno gradativo e cuidadoso das atividades não essenciais do comércio e serviços, respeitando as orientações das autoridades da saúde, como a não aglomeração, higienização correta dos estabelecimentos, o resguardo dos profissionais dos grupos de risco, entre outras medidas”, completa o presidente da ACIL.

 

tags: Coronavirus, COVID-19, Quarentena, Comercio, ACIL

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