O que são fintechs?

20/05/2021

A popularização da internet e a propagação de uma cultura digital entre a população, principalmente entre os mais jovens, abriram portas para diversas inovações e tecnologias dentro deste mundo. Entre elas, as operações financeiras online foram uma das mais bem sucedidas, dando um grande salto no que se diz respeito às transações e comunicação.

Com isso, diversas novas empresas começaram a surgir e oferecer soluções neste campo, as chamadas fintechs. Como explica Ian Carvalhaes, consultor do Integra - Consultoria em Engenharia e Gestão, a palavra é uma junção entre dois termos em inglês: finance e technology.

“O termo é usado para se referir às organizações que buscam desenvolver soluções financeiras totalmente digitais. Esse fato, portanto, faz com que tenhamos custos operacionais muito mais brandos, se compararmos às grandes instituições financeiras, como bancos e corretoras”, conta.

Inovação e empreendedorismo

Segundo Carvalhaes, é possível afirmar que um dos grandes trunfos das fintechs é otimizar não só os serviços, já que os clientes podem controlar suas ações através de seus smartphones, mas o seu preço também. Ele aponta também que elas são os principais responsáveis pela ascensão do ecossistema de startups, já que são uma grande parte destes empreendimentos.

“Se fôssemos resumir as revoluções [trazidas pelas fintechs] de maneira direta, poderíamos dizer que protagonizam uma otimização integral de todos os serviços financeiros, por meio de uma aceleração e desburocratização de ações via mecanismos tecnológicos e que cada vez mais facilitam os fluxos, os pagamentos e as transferências monetárias”, explica o consultor.

Para o membro do Integra, as tendências relacionadas a estas empresas estão estritamente ligadas às ações e mecanismos voltados para digital, já que este é capaz de desburocratizar e otimizar diversos processos.

Tipos de fintechs

As organizações deste tipo podem oferecer diversos serviços ou especializar-se em um ramo principal (core business), para proporcionar uma experiência mais aprofundada para o usuário. Carvalhaes aponta que, de acordo com um levantamento feito pela Toro Investimentos, existem cinco categorias de fintechs:

Pagamento - Funcionam como bancos digitais e surgem para facilitar a vida quando o assunto é compra e venda;

Crédito ou empréstimo - Aplicam a ideia de baratear os juros para emprestar dinheiro. Com uma gestão enxuta, seu principal objetivo é, a partir de soluções tecnológicas e análise de crédito, melhorar a dinâmica dos serviços financeiros;

Crowdfunding - Possuem o objetivo de centralizar possibilidades de financiamento coletivo no Brasil. Logo, faz com que pessoas com ideias inovadoras possam viabilizá-las com a aquisição de capital, sendo o Catarse o mais popular no País;

Bitcoins - Facilitam transações em bitcoin;

Investimento - Surgem para ressignificar o conceito de corretora de valores, oferecendo a melhor experiência digital de investimentos. Dessa forma, vê-se como é possível, a partir da tecnologia, a fundação de corretora de valores independentes, o que cria, dentre outros processos, maior autonomia para inovação e para o corte de burocracias.

Cuidados

Por terem esta veia de inovação, facilidade e desburocratização, as fintechs conseguem apresentar soluções realmente inovadoras e que às vezes “fogem da caixinha”, mas é preciso tomar alguns cuidados na hora de contratá-las, para não optar por algo que não satisfaça as necessidades ou que possa causar problemas no futuro.

“Como qualquer outro serviço, é muito importante pesquisar bem sobre a empresa. Muitas delas estão no centro das atenções, por protagonizarem o ecossistema de startups. Por isso, acredita-se que fica mais fácil buscar informações sobre a sua confiabilidade e acessibilidade. São diversas as categorias [de serviços] e por trás delas, há pessoas que estão fazendo de tudo para prover um bom serviço”, aponta o consultor.

O membro do Integra acrescenta que desde 2018, as fintechs devem solicitar, sob as resoluções nº 4.656 e 4.657, autorização do Banco Central brasileiro para operarem. “Essas autorizações são comandadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Além de precisarem ter essa autorização, vale a pena procurar pelo CNPJ e pela razão. Se esses três fatores estiverem de acordo, acredita-se que não haverá problemas”, finaliza.

tags: fintech, transaçao, digital, banco, cooperativa

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