Quero investir! E agora?
27/10/2020Falar sobre qualquer tipo de investimento pode parecer conversa de “outro mundo” para a maioria das pessoas. Porém, o que muitos não sabem, é que existem diversas formas e valores para aplicações, inclusive para quem é iniciante.
A assessora de investimentos Daniele Cardoso (@daninvesti no Instagram), que possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro e bancário, certificada e credenciada a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), explica que hoje existem vários sites e plataformas que fornecem informações de como investir, como o portal Infomoney, além das próprias corretoras disponibilizarem conteúdo educativo gratuito para quem está começando. “No meu canal no Youtube, por exemplo, há várias aulas de como começar. Entre os youtubers que eu acompanho, recomendo a Nathalia Arcuri do ‘Me Poupe’, o Tiago do ‘Primo Rico’ e a Mirna do ‘Economirna’”, acrescenta.
Antes de investir
Uma pessoa que nunca teve contato com este mercado é plenamente capaz de investir, e segundo a assessora, principalmente se ela tiver facilidade em usar um smartphone e aplicativos. “A primeira etapa é saber que, para investir seu dinheiro e ter bons rendimentos, o banco pagará sempre uma rentabilidade menor, porque ele é para crédito (empréstimos e produtos de crédito). Já as corretoras que são conhecidas como ‘shopping dos investimentos’, servem exatamente para este propósito, com rentabilidades mais atraentes e com a mesma segurança”, explica Dani.
Outro ponto a ser levado em consideração é o de ter claramente o objetivo pelo qual se quer investir. Quer trocar de carro daqui um ano? Comprar um imóvel? Garantir uma aposentadoria tranquila no futuro? Pode não parecer, mas levantar este tipo de questionamento é extremamente importante, pois são estas respostas que guiarão o indivíduo para o tipo de investimento que ele irá realizar a curto, médio ou longo prazo, assim como a disponibilidade de resgate do valor.
Perfil de investidor
Saber o tipo de investidor ao qual uma pessoa faz parte auxilia, e muito, na hora de determinar as ações que eles estarão mais dispostos a trabalhar. Os perfis são comumente divididos entre: Conservador, Moderado e Agressivo.
Os investidores Conservadores são aqueles que possuem baixa tolerância em riscos, e optam por investimentos de renda fixa e que podem ter liquidez ou não. Os Moderados escolhem por se protegerem a longo prazo, mas estão dispostos a correr algum risco se necessário, diversificando a carteira e os riscos para ganhar um pouco mais. E os de perfil Agressivo aceitam a possibilidade de perda, desde que a chance de retorno maior valha a pena, o que é chamado de risco x retorno.
O portal de notícias UOL criou um teste rápido, com o qual em menos de cinco minutos é possível ter uma noção sobre o perfil de investidor que uma pessoa se encaixa melhor. Acesse o site www.economia.uol.com.br/quiz/perfil-investidor após ler esta matéria, para responder as questões e ter acesso ao resultado.
É válido lembrar que este teste não é a única coisa determinante para decidir o perfil que uma pessoa se encaixa. É preciso levar em conta algumas considerações como: a fase de vida em que um indivíduo se encontra, sua idade e carreira; a tolerância que uma pessoa pode ter a perdas financeiras; e até mesmo sua capacidade em tomar decisões rápidas e as vezes difíceis.
A Bolsa de Valores tem se popularizado nos últimos anos, mas é preciso ter a noção básica para entrar neste mundo, pois existem estratégias que o investidor pode adotar para participar de bons investimentos. “A Bolsa representa as empresas nacionais e seus lucros, e o número de brasileiros cresceu muito rápido nos últimos anos. Estamos atualmente em quase três milhões de CPF’s ativos, e isto impacta na hora de investir”, salienta Daniele.
Ela também acrescenta que, muitas vezes, com o fluxo de informação e o “modismo”, o investidor se aventura na Bolsa e adquire ações sem conhecimento, objetivo ou estratégia, e quando estas ações caem, o investidor não sabe o que fazer. “O mercado de ações não é lugar de apostas e sim para investimento de Longo Prazo”, finaliza a assessora de investimentos.
Primeiros passos
Após saber o seu objetivo e já ter buscado conhecer o básico sobre os investimentos, chegou a hora de por em prática o conhecimento adquirido. “Minha dica é que comece com investimentos que possuem FGC, ou seja, Fundo Garantidor de Crédito de até R$ 250 mil, que são eles o CDBs, LCI e LCA ou no Tesouro Nacional (que não possui FGC) e é um dos investimentos mais seguros do Brasil”, são as dicas da assessora de investimentos Daniele Cardoso (@daninvesti no Instagram). Não sabe o significado destas siglas? Confira um resumo sobre no Glossário do Investidor, anexo a esta matéria.
Além destes, existem diversos outros tipos de investimentos, e a divisão mais conhecida é a de renda Fixa, Multimercado e Variável. A renda Fixa são investimentos em que o cálculo de remuneração (estimativa) é feito logo no início da aplicação, e que no final do prazo quem a adquire irá receber o valor com juros, sendo o investimento mais recomendado para iniciantes.
Os de Multimercado mesclam diversos tipos de aplicações em diferentes nichos de atuação, tentando assim suprir as necessidades que surgem com as variações do mercado. É comum que quando um setor esteja em baixa, outro esteja em alta, e este tipo de investimento oscila e seu risco x retorno busca uma margem de lucro em todas as situações (podendo inclusive ficar negativo como aconteceu recentemente na pandemia).
E por fim, a renda do tipo Variável é a considerada mais imprevisível, já que varia de acordo com os altos e baixos do mercado, sendo mais recomendada para quem já possui certa experiência e domínio em investimentos, pois irá realizar aplicações de alto risco e retorno.
Cuidados
É preciso cautela no momento de investir para se evitar problemas simples, mas que podem impactar no resultado esperado se não forem antecipados. Uma das primeiras recomendações que a assessora de investimentos fornece, é a de se escolher com cuidado a plataforma, site ou corretora com a qual se irá trabalhar.
“Opte pelas maiores e renomadas e listadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que são aquelas que hoje você consegue abrir sua conta, com seu nome e seu CPF, ou seja, o dinheiro fica em seu poder. Faça o básico primeiro e não se aventure de forma inconsciente, prefira escolher uma empresa que conhece e acredita no seu potencial para os próximos 5 ou 10 anos (para comprar ações por exemplo), pois o mercado pode te ‘machucar’, que é um termo usado quando se tem prejuízos por falta de conhecimento ou por não ter paciência para aguardar o momento certo de movimentação”, adverte Daniele. É essencial desconfiar de promessas mirabolantes e que fujam demais da realidade e das propostas das demais instituições, para que se evite cair em golpes.
Além disso, deve-se acompanhar os investimentos no decorrer do prazo estabelecido, mesmo aqueles de longo período, para que se verifique se as rentabilidades estão dentro do previsto. A diversidade de aplicações neste momento é uma grande aliada, pois ao dividir o valor em diferentes mercados ou ações, é possível ter um melhor rendimento no Longo Prazo.
E para quem deseja aprofundar ainda mais os conhecimentos sobre investimentos, confira neste link a matéria sobre a nova capacitação da ACIL “É hora de Investir?”, criada pela própria Daniele Cardoso, que possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro e bancário.
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